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domingo, 4 de março de 2012

"Ciclismo prospera em tempos difíceis"





Eurosport
Quanto ganha em média um ciclista profissional? Quanto investem os patrocinadores nas equipas do World Tour. Relatório da Ernst&Young revela números interessantes do ciclismo de elite.

Com o objetivo de demonstrar que o ciclismo atravessa um período de clara saúde financeira, a União Ciclista Internacional (UCI) apresentou esta segunda-feira um relatório elaborado pela consultora Ernst&Young do qual se podem retirar algumas informações curiosas.

Num período de grande dificuldade económica para muitas equipas e organizadores de corridas, surpreendem os números relativamente ao orçamento total para as 39 formações profissionais que passou de 235 milhões de euros em 2009 para 321 milhões de euros em 2012, contando com 40 equipas continentais UCI ProTeam.

O aumento é de 36,5 por cento em três anos e demonstram que os números relativos a patrocínios são animadores apesar da crise. Pode ainda ler-se no comunicado da UCI que “em 2012 há 61 patrocinadores principais nas 40 equipas profissionais, proporcionando 73 por cento das receitas das equipas. Este número sobe para os 95 por cento quando se somam o resto dos patrocinadores”.


PROFISSIONAIS GANHAM EM MÉDIA 264 MIL EUROS ANUAIS

Numa era de fusões – só em 2011 foram três (RadioShack-Leopard; Lotto-Belisol; Omega Pharma-Quick Step) – e na qual muitos ciclistas perderam o emprego, é curioso perceber que a média dos salários até tem vindo a aumentar.

Para um atleta de uma equipa de topo (ProTeam) o salário anual em 2012 rondará os 264 mil euros – 22 mil por mês – quantia substancialmente mais elevada do que em 2009, quando o valor era de 190 mil euros.

Satisfeito com estes números está o presidente da UCI, Pat McQuaid, que explicou ser “muito satisfatório ver que o ciclismo profissional masculino está a prosperar nestes tempos difíceis. A maioria dos ciclistas no pelotão profissional pode viver muito bem, ou pelo menos comodamente, com os seus salários”.

Saúde financeira ou propaganda? A estatística não conta a história toda e a estes dados há que somar o desaparecimento de equipas teoricamente estáveis como a HTC e a Geox, o aumento das exigências financeiras que a UCI impõe às equipas e um sentimento crescente de descontentamento face ao rumo que Pat McQuaid está a dar ao ciclismo, com rumores de que uma liga paralela ao World Tour pode estar a ser preparada.

Eurosport - Gonçalo Moreira

3 comentários:

  1. E paralelamente ao texto há um facto que me parece factual, para quem participa em provas de btt e de ciclismo: as "máquinas" que o pessoal adquire é impressionante! As minhas (btt e estrada) são o essencial e ficam a léguas da concorrência. Para além disso, os componentes estão à altura do valor das máquinas. Só para teres uma ideia, quando participei no ano passado num evento de ciclismo na Póvoa, já havia imenso pessoal com o novo ciclómetro da pulsar (aquele em forma triangular) que custava qq coisa como 300 aérios! Depois, raros eram os que não tinham rodas de perfil alto. Eu era um deles. Mas, nem por isso a minha mérida deixou de subir a Srª da Graça ao nível dos outros. :))

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  2. É verdade João, eu também ainda tenho a minha btt desde 2006 e a minha de estrada e da Dulce compramos usadas... E não é por isso que não vou seja onde for!!! Mas claro gostaria de ter trocado, como a conjuntura não é propriamente favorável para tal vamos nos vingando nos treinos...
    Bons treinos e até um dia destes...

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  3. Gostei muito do texto.. o revés no atletismo... cada vez mais ganha-se pouco e cada vez mais os bons não correm... Um abraço atletista ( atleta/ ciclista):)

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