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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Inauguração Velódromo de Sangalhos

Velódromo de Sangalhos concretiza "sonho" para despertar corredores para a pista
O Velódromo Nacional - Centro de Alto Rendimento (CAR) de Ciclismo e Sangalhos vai ser inaugurado sexta-feira, concretizando um “sonho” do presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), Artur Lopes, para despertar os corredores portugueses para as competições de pista.

“É um sonho. Sonhei com um carrinho pequeno, um Fiat, e agora vejo-me com um Ferrari nas mãos, que até me assusta conduzi-lo. Mesmo assim, vou em frente com toda a força durante os próximos três anos que me faltam de mandato”, disse à Agência Lusa Artur Lopes.

Esta infra-estrutura, orçada em mais de 10 milhões de euros, primeira e única para o ciclismo em pista coberta em Portugal, cuja inauguração será presidida pelo primeiro-ministro, José Sócrates, servirá todas as vertentes da modalidade, mas em particular a especialidade de pista.

“Sem um velódromo era impossível preparar atletas de pista para correrem em Campeonatos do Mundo ou Jogos Olímpicos. Porque na pista, e há imensas provas de velocidade e de fundo em pista, é tudo ao centésimo, a táctica e a técnica tem de ser muito rigorosa e a formação só é possível com este tipo de instalações”, explicou o presidente da FPC, manifestando o “sonho e a ambição” de instalar no CAR “uma escola de pista, onde os atletas apenas treinam, seguindo uma base de trabalho duríssima, e estudam”.

Para concretizar este objectivo, Artur Lopes admite contratar um técnico estrangeiro, para “transmitir o ‘know-how’ aos portugueses”: “Nem reconheço nenhum treinador português com conhecimento específico para o fazer. Não somos menos que os outros, mas temos de aprender”.

Além da vertente de pista, o presidente da FPC, que elogia o “empenho” do secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, e do presidente da Câmara Municipal da Anadia, Litério Marques, assegura que estas instalações “servem de apoio às outras especialidades, desde a estrada, com os estágios que antecedem as grandes provas, ao BMX”, realçando que o autarca pretende “construir uma pista de BMX, junto ao Velódromo, para criar a base de uma selecção para esta modalidade Olímpica”.

“É um bom sinal, como todos aqueles pretextos que sirvam para promover a prática da modalidade. Significa que as pessoas querem inovar no ciclismo, numa vertente em que não temos nenhum especialista. Pode ser que agora haja ciclistas de pista, porque julgo que há capacidade”, realçou o bicampeão da Volta a Portugal (2003 e 2009) em bicicleta, Nuno Ribeiro (Liberty Seguros), em declarações à Lusa.
Distinguindo as novas instalações das existentes, porque “nenhuma pista era como este velódromo”, o corredor de Sobrado enaltece a possibilidade de “formar corredores, começando do zero, e descobrir talentos que não deixem Portugal ficar mal nas grandes competições”.

“O Velódromo e o CAR que tem associado são preponderantes para a evolução de uma modalidade, que está votada ao esquecimento em Portugal, mas, sobretudo, para as camadas jovens adquirirem a técnica de correr em pista”, frisou o director desportivo da Liberty Seguros, Américo Silva, destacando o “caricato” de o campeão nacional de estrada, o “sprinter” Manuel Cardoso, “aos 25 anos, nunca ter utilizado uma bicicleta de pista”.

Também Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio) elogia o “investimento no desporto”, que pode contrariar “a falta de tradição de Portugal em pista”, confessando: “Eu nunca gostei de pista, nem que tivesse agora 25 anos ia competir nesta especialidade, mas tudo o que sirva para promover a participação dos jovens portugueses em competições internacionais é benéfico”.

Após a cerimónia de inauguração, o velódromo vai acolher competições, sábado e domingo, pela selecção espanhola de pista, cerca de duas dezenas de corredores elites espanhóis, outros tantos portugueses “adaptados da estrada” e 18 juniores de cada nação, revelou Artur Lopes.

Em comunicado, a FPC anuncia que a nova pista será “estreada” pelo antigo corredor Alves Barbosa, vencedor da Volta em 1951, 1956 e 1958.
O Velódromo Nacional de Sangalhos integra a rede de CAR, compreende uma pista coberta de 250 metros de extensão, com piso rebaixado ao centro, para a prática de outras modalidades, bem como infra-estruturas de apoio, incluindo um centro de estágio, com alojamento e ginásio, num projecto com a assinatura do arquitecto Rui Rosmaninho.

O edifício, em forma de elipse, tem cerca de 30 metros de altura, 118 de comprimento e 82 de largura e utiliza principalmente a madeira como material, tendo capacidade para 1200 espectadores de ciclismo com visibilidade para a pista e cerca de mil para outras modalidades no piso inferior.






























Já estou a roer me de vontade, de poder pedalar aqui, espero vir poder fazer uns treinos interessantes

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